Começamos com 3 celulas,
que antes eram cultos caseiros e fizemos a transição para células. Com o tempo
elas se multiplicaram e passamos a abrir novas igrejas a partir das células.
Uma das primeiras células
foi a Celula Ebenézer na casa da irmã Analita, mãe da pra. Tania Nascimento,
que até hoje funciona. Naquela época,
quem liderava lá era o irmão Claudio Pinho, que hoje é pastor na Peniel de
Bertioga – Centro.
Um dia o irmão Claudio,
me disse que ninguém estava indo na célula. Só estavam lá os donos da casa e ele
. Então ele pediu pra ficar umas semanas somente em oração lá na casa da tia
Analita e que não seguiria o roteiro enquanto isso. Eu disse que ele fizesse
aquilo mesmo, porque somente a oração pode romper barreiras espirituais. E foi
o que aconteceu. Algumas semanas depois começou a aparecer pessoas na célula e
elas diziam:” Nós viemos aqui outras vezes, mas não enxergamos o numero da casa
e ficamos andando na rua de ponta a ponta, sem encontrarmos a célula. Hoje pela
primeira vez, encontramos o numero da casa”. E o numero da casa, sempre esteve
no mesmo lugar. O problema era espiritual. Trabalhar em células é entrar numa
batalha espiritual. O líder precisa ser um homem/mulher de oração e buscar a
Deus de verdade, porque não estamos brincando de clubinho social.
Da casa da tia Analita
foram levantados vários líderes que hoje são pastores e missionários na Peniel,
como por exemplo:Pr Claudio (Bertioga); Pra Fabiane (México 70 SV); Pr Fábio e
pra Mirla (Japui SV); Pra Sonia (Sede SV); Pr Enéas (Jockey SV) e etc.
Outra célula é a Água
Viva, na casa da irmã Laurinda, que também carinhosamente chamamos de tia
Laurinda e que continua até hoje funcionando.
Nesta casa, semanalmente, até hoje, a tia
Laurinda ora a Deus, de cadeira em cadeira, pedindo para que pessoas venham e
conheçam a Cristo em sua casa. E ela enche a sua garagem de cadeiras, que já chegaram a mais de 30
pessoas.
Um dia, após uma
mulplicação, que gerou duas células novas, restaram poucas pessoas na sua casa
e na semana seguinte ela viu aquelas poucas pessoas e ficou triste, porque
gosta de ver a casa cheia. Então, eu disse pra ela, que agora ela poderia
continuar orando nas cadeiras porque
elas estavam vazias e precisavam ser ocupadas por novas pessoas. E foi o que
aconteceu. Algumas semanas depois sua célula estava cheia de novo para gloria
do Senhor. Muitas multiplicações já aconteceram nesta casa. Inclusive, pastores
que hoje estão atuando no ministério começaram lá, como por exemplo os pastores
Saraiva e Kielci.
Nos primeiros anos tive
uma experiência tremenda com Deus que me orienta até hoje na abertura de novas
casas para células.
Uma irmã e sua filha se
converteram no bairro do Japui e seu marido ainda não era cristão, e sim um
exotérico praticante. Esta irmã queria uma célula na casa dela e seu marido
concordou, então fui lá para conversar com ele e ungir a casa para uma nova
célula, como é a pratica até hoje. Mas, quando cheguei na casa, tinha muitos
objetos exotéricos e fotos de anjos pra todo lado da casa, no teto, nas
paredes, enfim, a casa estava cheia de símbolos exotéricos. Então, quando vi
tudo aquilo, no meu coração, desisti de abrir a célula. Mas, mesmo assim,
perguntei pra ele se realmente ele concordava com uma reunião de evangélicos na
sua casa, pra cantar e falar sobre a Biblia todas as terças-feira e ele firmemente concordou. Eu fiquei sem
palavras, porque aquela disposição de abrir a casa pra uma célula eu não
encontrava em muitos crentes e aquele homem estava com o coração aberto pra
obra de Deus. Mas, eu achei que a abertura daquela célula deveria acontecer
mais tarde quando ele tivesse tomado uma decisão por Cristo.
Afinal de contas, eu pensava, o que iriam dizer os irmãos da igreja quando
soubessem que abri uma célula na casa de um exotérico? Então entrei no meu
carro e fui embora dando uma desculpa de que voltaria lá pra conversarmos
depois. No caminho de volta pra minha
casa eu vinha falando com Deus: “E agora, Deus, me tira dessa situação. Como
vou abrir célula numa casa dessa? Como vou dizer isso pra ele? “ Então ouvi
quando o Senhor me disse: ”Abre a célula. Voce lembra que Eu entrei na casa de
Zaqueu?” Eu quase parei o carro. “Meu Deus!!! É mesmo! O Senhor entrou na casa
daquele ladrão, mau caráter e o Senhor não se importou com o que iam falar de Sua
pessoa. Entendi”. Fiquei chorando um tempão no carro pensando no amor de Deus
pelas vidas.
Naquela semana, fui lá e
abençoei aquela casa para ser uma célula e ali muitas vidas se entregaram a
Cristo, inclusive o dono de casa.
Uma outra experiência foi
na casa da irmã Eunice Lisboa no Catiapoã. Eu precisava de uma casa para
receber a multiplicação de outra célula e esta irmã disse que queria muito a
célula na casa dela, mas seu marido era incrédulo. Então eu me propus a
conversar com ele e se ele aceitasse então iriamos abrir uma nova célula lá.
Naquela semana marquei um
horário e fui conversar com sr. Antonio Lisboa que me recebeu muito bem. Mas
ele me disse: ”Eu permito sim a célula na minha casa, mas não quero
participar”. Eu disse: “Tudo bem, mas quero que o senhor participe da primeira
célula pelo menos”. E ele concordou.
Coloquei todo mundo pra
orar por ele, pra Jesus salvar a vida dele.
Na primeira célula, ele
gostou tanto que nunca deixou de participar depois daquele dia. Se converteu,
se batizou e hoje é um diácono pra gloria do Senhor. A partir daquela célula,
surgiram outras e quando estávamos com cinco células abrimos nossa igreja no
bairro da Vila Melo.
Em São Vicente, hoje temos 14 igrejas e com exceção da Sede, todas nasceram do trabalho de células.
Hoje o Ministerio Peniel tem 72 igrejas e mais de 700 celulas.
Tem sido maravilhoso trabalhar em celulas e cuidar bem do povo de Deus!!
Heliene Lobato